2025

2025 - Sobre os Resultados Eleitorais para a Assembleia da República

2025 - Sobre os Resultados Eleitorais para a Assembleia da República

Nota de Imprensa

Sobre os resultados eleitorais para a Assembleia da República das comunidades emigrantes portuguesas

A Direcção da Organização na Emigração do PCP saúda todos os portugueses, residentes no estrangeiro, que exerceram o seu direito de voto. Saúda igualmente, todos os que depositaram na CDU a sua confiança e, particularmente, os que o fizeram pela primeira vez, assegurando que esse apoio e esse voto expresso, será, como sempre, utilizado na defesa dos seus direitos e aspirações.

Saúda ainda os candidatos e activistas da CDU, que de uma forma empenhada, abnegada, fizeram desta campanha eleitoral uma notável jornada de esclarecimento, que se pautou pela seriedade, pela prestação de contas e pela afirmação das propostas e soluções da CDU para as comunidades emigrantes portuguesas e em defesa de um novo rumo para o País.

A Direcção da Organização na Emigração do PCP, salienta os elevados números, ainda registados, na taxa de abstenção e o número de votos nulos. Para o PCP, impõe-se, por parte do Estado Português, medidas de sensibilização e esclarecimento, relativamente ao exercício do direito ao voto, junto das comunidades emigrantes portuguesas, assim como a promoção de uma acção política que assegure, de facto, a ligação ao território, à língua e à vida política, social e cultural do País e que coloque os problemas das comunidades emigrantes portuguesas no centro da discussão.

O resultado registado pela CDU, com 2 798 votos, 0,79%, contruído num quadro particularmente exigente, não reflecte nem a expressão de apoio e reconhecimento que a campanha mostrou, nem o que a situação do País e das comunidades emigrantes portuguesas reclamam - uma CDU reforçada para responder aos seus problemas e enfrentar forças e projectos reaccionários.

Os resultados obtidos pelo PS, onde pela primeira vez, não elege deputados nos Círculos Eleitorais da Emigração, não é indissociável de opções políticas, que no essencial demostram uma ausência de compromissos e soluções distintas das da AD, assim como de comprometimento com a acção do Governo PSD/CDS-PP.

A divisão dos quatros deputados dos Círculos Eleitorais da Emigração, entre o Chega e a AD, não pode deixar de ser encarado como uma evolução negativa.

Com a nova correlação de forças presente na Assembleia da República e perante o quadro político e institucional que resulta destas eleições, coloca-se, ainda com mais evidência, a luta por uma verdadeira política alternativa, patriótica e de esquerda, que o PCP e a CDU preconizam e que contém em si as respostas aos problemas das comunidades emigrantes portuguesas, dos trabalhadores, do povo e do País. Uma política que confronte os interesses e o domínio do grande capital, que recuse a submissão à UE, à NATO e ao imperialismo norte-americano, que afirme a soberania e a independência nacionais, que cumpra a Constituição da República e os valores de Abril que esta consagra.

Lisboa, 29 de Maio, 2025          
A DOE do PCP